Esta seção apresenta a relação de livros do Prof. Helio de Araujo Evangelista ( www.feth.ggf.br )
1) Título - Rio de Janeiro x São Paulo : um ensaio de geografia política
2 ) Título - Relação capital e interior do estado do Rio de Janeiro
3 ) Título - Rio de Janeiro, uma cidade portuguesa com certeza!
4 ) Título : Rio de Janeiro e a música
5 ) Título - Rio de Janeiro: violência, jogo do bicho e narcotráfico segundo uma interpretação.
6 ) Título: A fusão dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro
Obs: caro bibliotecário, cara bibliotecária, caso queira um exemplar em favor de sua instituição entre em contato (helio@vm.uff.br)
1) Título - Rio de Janeiro x São Paulo : um ensaio de geografia política. Rio de Janeiro : Ed. Capital , 2013 .
O presente trabalho finaliza um caminho iniciado com a monografia apresentada para concluir o curso de bacharel em geografia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1980. Desta época, década de 80 , os estudos foram concentrados na área urbana da cidade do Rio de Janeiro; esta fase foi concluída em 1989 com a defesa da dissertação de mestrado que versou sobre uma abordagem geográfica à reivindicação por equipamento sanitário, pela mesma universidade.
Ingresso no Departamento de Geografia da Universidade Federal Fluminense (UFF) em 1992, passei a estudar o estado do Rio de Janeiro; inicialmente adentrei o campo da história regional, particularmente da região de Nova Friburgo e Cantagalo; ingresso no doutorado em geografia pela UFRJ, em seu programa defendi uma tese de doutorado sobre a fusão dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro.
Ao término do doutorado, me vejo na situação de lutar contra um câncer, o que trouxe desdobramento ao que viria estudar, abandonando de vez o tema de meu doutorado (quando o comum é continuar o tema do doutorado, ainda mais que a tese veio a ser premiada pelo Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro em 1998). Depois do tema da fusão, chegamos a abordar a questão da violência e o narcotráfico (2003); ainda, música e o Rio de Janeiro (2005 e 2009); a presença portuguesa no Rio de Janeiro (2008); a questão e distribuição dos royalties (2011) e por fim este livro que encontra-se em suas mãos.
O sentido desta última obra - Rio de Janeiro x São Paulo. Um ensaio de geografia política - é o de explorar a relação entre estas duas entidades da federação brasileira. No limite, a obra visou testar um preconceito , a saber, os paulistas invejam e prejudicam o Rio de Janeiro! Pela análise concluímos que, a rigor, muito das perdas do Rio de Janeiro estão muito mais relacionadas à sua dificuldade em se articular e apresentar uma unidade em torno de seus pleitos.
SUMÁRIO
1. QUADRO CONCEITUAL E METODOLÓGICO ......................... 13
1.1 Mas...o que ES identidad? ........................................................14
1.2 A questão da identidade e seus desafios ................................18
1.3 Identidade e espaço ..............................................................20
1.4 Haveria identidade política? ..................................................21
1.5 Concluindo! ..........................................................................28
2. SÃO PAULO ............................................................... 37
2.1 Tudo começou com ................................................................37
2.2 O café ...................................................................................44
2.3 1922 .....................................................................................47
2.4 A hegemonia .........................................................................54
2.5 Primeiro estudo de caso – portugueses em SP x portugueses
no RJ ....................................................................................56
2.6 Segundo estudo de caso - como São Paulo vence
o Rio de Janeiro no futebol ...................................................66
3. RIO DE JANEIRO ........................................................ 67
3.1 Um Rio de Janeiro que se foi ................................................67
3.2 Ambiência espacial – Ela é carioca, ela é carioca, olha o jeito dela andar... a fama do Rio de Janeiro está na praia ...............80
3.3 Rio de Janeiro é base de lançamento da cultura brasileira ......82
3.4 O petróleo ............................................................................84
3.5 Rio de Janeiro – o mais novo bairro paulista? ........................100
CONCLUSÃO (EM DEFESA DO RIO DE JANEIRO) ...................125
BIBLIOGRAFIA E FONTE DE DADOS ..................................131
ONDE ENCONTRAR -
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/4924849/?&PAC_ID=122866&gclid=CM67z8-TnrgCFWlp7Aod2z0A1Q
2 ) Título - Relação capital e interior do estado do Rio de Janeiro
publicado pela Sociedade Brasileira de Geografia em 2011. Veja -
http://www.noticias.uff.br/noticias/2011/03/livro-petroleo-royalties.php
3 ) Título - Rio de Janeiro , uma cidade portuguesa com certeza, publicado em 2008 pela editora E-paper ( www.e-papers.com.br).
O link de acesso a obra é:
http://www.e-papers.com.br/produtos.asp?codigo_produto=1445&promo=0
Conheça a resenha promovida sobre este livro na revista do CREA-RJ, n. 76 de abril/maio de 2009 à pág. 46:
http://app.crea-rj.org.br/portalcreav2midia/documentos/revista_76.pdf
4 ) Título : Rio de Janeiro e a música. Uma reflexão sobre a decadência, a carioca e o da própria música.
Rio de Janeiro: Armazém Digital, 2005 ( e reimpresso em 2008 pela Sociedade Brasileira de Geografia)
Apresentação
Nasci no Rio de Janeiro, mas passei minha infância na cidade de Ponta Grossa (PR), e voltei com a família aos doze anos. Na época (1969) causava-me especial surpresa a variedade de música que ouvia. Na feira, na padaria, ao passar diante das lojas, sempre havia um rádio que tocava música. E muito particularmente, neste período, chamava-me a atenção o refrão que ficou na minha memória, talvez de forma errada: “...só começa quando termina...” utilizado pelo Chacrinha em seu programa de televisão. Pensava, como é possível começar ao terminar ...
O Rio de Janeiro de hoje não é mais o Rio de Janeiro de ontem. E pretendo analisar esta assertiva a partir do que ocorreu/ocorre com a música na cidade do Rio de Janeiro. A idéia é compreender a perda da centralidade da cidade do Rio de Janeiro na evolução da música popular brasileira. Julgo que é uma perda recente, iniciada já na década de 80 mas definida na década seguinte.
* * *
Afrânio Peixoto, em seu prefácio à obra de Roberto Cochrane Simonsen (1969) destaca a importância deste em estudar o tema, a economia brasileira, a partir de “novos olhos” que possibilitaram reparar em aspectos que outros já cansados de olhar não destacavam. Nesta direção explica-se o presente trabalho, cuja atenção foi voltada para a ambiência espacial que viabilizou a construção de quatro grandes estilos musicais que tiveram ampla repercussão nacional, a saber: samba, bossa nova, rock (ou brock brasileiro) e, por último, o funk.
Ambiência espacial é aqui entendida como o meio no qual os promotores da música viviam, seu local de moradia, o local dos encontros, áreas de shows inicialmente utilizadas... enfim, o esforço deste trabalho é trilhar os caminhos percorridos pelos gêneros musicais destacados. É um trabalho que tem em conta os pormenores que costumam acompanhar a realização dos grandes feitos humanos! Não se trata de um trabalho histórico, versando sobre o início e o fim de um movimento, mas sim uma análise sobre o espaço nos quais estes gêneros musicais surgiram e a partir deste diagnóstico realizar uma reflexão sobre o Rio de Janeiro. A rigor, ao considerarmos estes quatro estilos estamos a considerar quatro momentos da cidade do Rio de Janeiro e um estudo comparativo destes momentos nos auxilia na discussão sobre cenários futuros da cidade do Rio de Janeiro.
* * *
Há estudos sobre a música no Rio de Janeiro, tais como o de Lévy (1977) e Mello (1991) que chegam a analisar a geograficidade das músicas elaboradas, verificando o modo como os lugares foram abordados nas músicas; nosso estudo adquire um rumo distinto, não está afeito ao teor da letra, mas sim ao conteúdo da história espacial das músicas na cidade do Rio de Janeiro. E a intenção com este tipo de “produto”, que permitirá a comparação de quatro situações distintas, é de continuar nossa reflexão sobre o Rio de Janeiro, e por extensão ao estado do Rio de Janeiro; uma reflexão que já nos levou a editar uma pesquisa sobre a fusão dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro, e uma outra sobre violência, jogo do bicho e narcotráfico.[1] Certamente o trabalho sobre música é mais aprazível, porém, as observações sobre ela não nos levam a conclusões menos preocupantes!
***
Uma última palavra.
Caro leitor ou leitora, se você pertence ao mundo acadêmico, notará que o trabalho não segue os cânones que costumeiramente observamos. Por exemplo, a ênfase de uma demonstração acadêmica é dada pelo uso de conceitos, escopo teórico, metodologia, citação de livros, artigos, tabelas, censos, gráficos e, em grau bem menor, material encontrado na internet.
Neste trabalho, no entanto, há uma diferença, a saber: são usadas muitas notícias de televisão, recortes de jornais, comentários de pessoas! Enfim, é um trabalho que procura captar a ambiência musical da cidade do Rio de Janeiro e propor uma discussão da mesma a partir da evolução e mudanças encontradas nesta mesma ambiência. É um trabalho cujo propósito é o de se deixar guiar pelas informações obtidas, procurando trazer um relato e reflexões tão exatos quanto possível; não desconheço, no entanto, os limites do resultado obtido.
SUMÁRIO
Apresentação
Os gêneros musicais cariocas
Rio de Janeiro é música,
está deixando de ser?
Rio de Janeiro, um espaço
mítico que está sendo destruído!
Compreendendo o Rio de Janeiro
Fontes de consulta
Anexos
Notas
5 ) Título - Rio de Janeiro: violência, jogo do bicho e narcotráfico segundo uma interpretação.
Autor: Helio de Araujo Evangelista ( www.feth.ggf.br )
Apoio: Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro ( FAPERJ ) .
Rio de Janeiro, Editora Revan, 2003.
Caro bibliotecário, cara bibliotecária, de instituição pública, caso queira um exemplar ( ou exemplares ) entre em contato com Alfredo Ulm ( ulm@faperj.br ) do Núcleo de Divulgação Científica da FAPERJ ( www.faperj.br ) ou envie o pedido para Caixa Postal 48486, CEP 20530-971, Rio de Janeiro, RJ.
APRESENTAÇÃO
Não deixa de ser desagradável desenvolvermos um trabalho sobre violência no Rio de Janeiro. Desagradável porque à medida que adentramos na história desta cidade e nos conscientizamos de sua nobreza, forjada por um passado cujas relações de poder deixavam sucessivas marcas em seu território, percebemos quão distamos estamos de uma época em que a cidade detinha um bom sistema de segurança e seus habitantes usufruíam-na sem grandes temores. Hoje, os seus habitantes encontram-se cerceados no elementar direito de ir e vir!
No entanto, faz parte da luta contra esta situação uma melhor compreensão deste fenômeno, é o que objetivamos realizar no presente texto.
Qual é a situação da criminalidade no Estado do Rio de Janeiro?
Esta foi a preocupação norteadora de nosso trabalho, em nome da qual passamos a colher informações. Na pesquisa destacamos diferentes aspectos da situação do Estado, mas o que nos chamou a atenção foi o vulto que o narcotráfico passou a assumir, por esta razão direcionamos nossa atenção para o tema.
A dificuldade de tratar o assunto é notória, mas o grau de alastramento do problema nos força a palmilhar diferentes tentativas. As informações aqui trabalhadas decorrem de diferentes fontes, abordando 20 anos (1980-2000), de modo a gerar um trabalho que estimule discussões sobre o tema!
SUMÁRIO DO LIVRO
Apresentação
1) A violência
2) O jogo do bicho no Rio de Janeiro
3 ) O narcotráfico no Rio de Janeiro
4 ) Comissão Parlamentar de Inquérito
5 ) Compreendendo o Rio de
Janeiro
Fonte de consulta
Anexos
Notas
ONDE ENCONTRAR O LIVRO
NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
LIVRARIA TRAVESSA
Av. Rio Branco, 44 – Centro
Tel: ( XX 21 ) 2253-8949
http://www.travessa.com.br/Helio_de_Araujo_Evangelista/autor/3881D59B-2212-44C4-84B2-DF90AA03B67A
LIVRARIA TRAVESSA LTDA
Av. Visconde de Pirajá, 572 – Ipanema
Tel: ( XX 21 ) 2287-5157
LIVRARIA DA TRAVESSA LTDA
Av. Visconde de Pirajá, 462 – Ipanema
Tel: ( XX 21 ) 2512-5157
LIVRARIA TRAVESSA DO OUVIDOR
Travessa do Ouvidor, 17 – Centro
Tel: ( XX 21 ) 2252-7020
LIVRARIA ARGUMENTO
R: Dias Ferreira, 417 – Leblon
Tel: ( XX 21 ) 2259-9398
ELDORADO SUDESTE ( DISTRIBUIDOR DO RIO DE JANEIRO )
R: Miguel Fernandes, 159 – Méier
Tel: ( XX 21 ) 2218-4969
LIVRARIA DO INSTITUTO MUNICIPAL DE URBANISMO PEREIRA PASSOS
Rua Gago Coutinho, 52 – Laranjeiras
Tel: ( XX 21 ) 2555-8083
Fax: ( XX 21 ) 2555-8453
Endereço na internet: www.rio.rj.gov.br/ipp/
NA CIDADE DE NITERÓI ( RJ )
FELISA LIVRARIA E PAPELARIA LTDA
R. General Pereira da Silva, 153 – Icaraí
Tel: ( XX 21 ) 2715-8031
LIVRARIA DA EDUFF
Rua Miguel de Frias nº 9, anexo, loja, Icaraí, Niterói ( RJ )
Tel: ( XX 21 ) 2629-5294
Fax: ( XX21) 2629-5288
CEP 24220-000
E-mail : eduffliv@vm.uff.br
LIVRARIA ORELHA EM PÉ
Praça Leoni Ramos s/n São Domingos
UFF Campus Universitário do Gragoatá
Niterói ( RJ )
Tel/fax: ( XX21 ) 2719-6156
CEP 24210-200
E-mail: orelhaempe@bol.com.br
FORA DO RIO, TEMOS DISTRIBUIDOR EM : SÃO PAULO, BELO HORIZONTE, CURITIBA, BRASÍLIA, MANAUS, PORTO ALEGRE, RIBEIRÃO PRETO, CAMPINHAS, BELÉM, SALVADOR. QUE CONSTA NO SITE DA REVAN.
Se não for possível encontrar nas livrarias, acesse a Editora Revan.
( atendem também a livrarias, diretamente )
Endereço Nossos e-mails:
Avenida Paulo de Frontin, 163 Editorial:
20260-010 editorial@revan.com.br
Rio de Janeiro – RJ Vendas:
Tel: ( XX 21) 2502-7495 vendas@revan.com.br
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Loja na internet: www.revan.com.br
O livro está em www.revan.com.br/catalogo/0279.htm
Na FAPERJ ele pode ser visualizado em www.faperj.br/interna.phtml?obj_id=612
6 ) Título: A fusão dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro
Autor: Helio de Araujo Evangelista ( www.feth.ggf.br )
Edição do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro em função do 2º lugar no concurso sobre Memória Fluminense obtido em 1998.
Apresentação
O que a ditadura desejava quando encaminhou o projeto da fusão ? O que motivou a fusão ? Quem participou desse processo e por que ? Procurando responder a estas perguntas que redigimos este trabalho sobre a fusão dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro ocorrida em 1975, após a sua aprovação no Congresso Nacional no ano anterior.
A aprovação da medida contou com três principais figuras políticas, a saber: o deputado Célio Borja, líder do governo na Câmara Federal pelo partido da Aliança Renovadora Nacional - ARENA, verdadeiro mentor jurídico da fusão, o então presidente da República Ernesto Geisel, pela disposição política em realizá-la, e Chagas Freitas que embora sendo governador do Estado da Guanabara pelo partido de oposição, o Movimento Democrático Brasileiro - MDB, não chegou a lutar contra a fusão e sim a favor de que pudesse indicar o novo governador.
A idéia da fusão é antiga, decorre das primeiras discussões sobre a transferência da capital federal do Rio de Janeiro e a preocupação com o futuro da cidade. Isso proporcionou uma cultura favorável a fusão. Porém, sem a ditadura militar, muito provavelmente não teria sido possível a fusão, pois a partir da mesma foi possível alterar a Constituição de 1946 de modo a não prever mais um plebiscito no caso de criação de uma nova unidade federativa, como era o caso da fusão de dois estados.
A fusão é aqui analisada a partir do comportamento de dois atores sociais: as entidades de classe empresarial CIRJ e FIEGA, e o partido político MDB do Estado da Guanabara. Por eles, é possível perceber a existência tanto de uma lógica econômica quanto político-partidária a nortearem as discussões sobre a fusão.
Pela ótica econômica, estava em questão a melhor forma de se otimizar o desenvolvimento regional. Havia a crença, na época, de que existia um pólo econômico rio ( a cidade do Rio de Janeiro ), com uma alta arrecadação tributária, e uma periferia imediata muito pobre ( a Baixada Fluminense ), carente de investimentos em infra-estrutura . Assim, segundos os empresários cariocas, representados por suas entidades, a fusão faria desaparecer o impedimento político-administrativo da transferência de recursos entre os dois estados, já que passaria a existir um único estado.
Pela abordagem político-partidária, por sua vez, a cidade do Rio de Janeiro, ex-Distrito Federal, era um foco de oposição ao regime militar então vigente. Assim, a fusão representaria uma oportunidade para debelar este foco ao juntar o “conservadorismo” fluminense ( cujos políticos estariam mais identificados com os interesses do governo militar ) e a “vanguarda” carioca. Havia a expectativa de que com a formação da nova Assembléia Legislativa Estadual, após a fusão, fosse possível estabelecer uma nova correlação de forças entre os partidos MDB e ARENA no novo Estado do Rio de Janeiro.
No entanto, foi possível verificar que tanto a argumentação técnico-econômica, quanto a lógica político-partidária não foram suficientes para delinear as razões principais que ajudam a compreender porque de fato a fusão acabou sendo adotada.
Entendemos que a fusão deve ser vista à luz de uma agenda de governo envolvida em um projeto geopolítico de Brasil Potência que agregava uma nova forma de pensar a federação brasileira. Esta visão vai privilegiar a fusão como uma decisão decorrente de um plano de governo que visava alavancar o desenvolvimento sócio-econômico através de mega-projetos. Este plano era corporificado pelos PND’s ( Programa Nacional de Desenvolvimento - programas que estabeleciam as principais metas de cada presidente no tempo do governo militar ).
Neste sentido, o trabalho tem quatro partes, a primeira
apresenta, a partir da página 4, uma perspectiva histórica da idéia da fusão,
sendo esta entrelaçada com a própria história da cidade do Rio de Janeiro; a
segunda versa, a partir da página 24, sobre o papel dos empresários no
episódio, sendo na oportunidade destacado o arrazoado técnico-econômico para
viabilizar a fusão; a terceira parte reporta, a partir da página 54, ao
contexto político-partidário da fusão; e por último, na quarta parte, entre as
páginas 105 e 158, analisaremos a ação do governo federal em favor da fusão dos
dois estados. Ao término traçamos uma conclusão sobre o assunto em tela. Se
necessário, consulte o sumário no final do trabalho.
Quanto ao procedimento metodológico adotado, cabe destacar que a análise da fusão não deixa de ser árdua, pois correlata a uma certa carência na análise do tema, não podemos contar com os relatos, salvo exceções, das principais pessoas envolvidas no episódio, pois estas encontram-se falecidas. [1] Deste modo, entendemos que as fontes mais ricas de que dispomos para tratar dos dois atores sociais em análise foram: da parte da FIEGA/CIRJ , as atas das reuniões tanto da Federação quanto do órgão que a assessorava, que era o Centro Industrial do Rio de Janeiro - CIRJ. No que tange ao MDB, o principal recurso foi o acesso aos Diários da Assembléia Legislativa do Estado da Guanabara que explicitam a dinâmica dos apartes dos deputados tanto do MDB, quanto da ARENA, e ainda os apartes encontrados tanto na Assembléia Legislativa do Estado do Rio quanto no Congresso Nacional. Além deste material, tivemos acesso às atas das reuniões da Direção Nacional do MDB, o que nos possibilitou uma outra forma de observar a posição do partido em relação ao tema e, ainda, à respectiva relação do mesmo com a seção regional do MDB na Guanabara.
Além disto, cruzamos as informações obtidas dos dois atores com os informes encontrados em material jornalístico e com as entrevistas de pessoas que se dispuseram a tratar do assunto conosco.
As entrevistas realizadas em diferentes épocas, sobre diferentes assuntos, tiveram como eixo comum o aprofundamento de nossa análise sobre os limites territoriais no Brasil, e , mais especificamente, sobre a fusão dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro. A realização delas foi orientada por uma preocupação em ter informações qualitativas sobre o nosso eixo comum, o que significa dizer que correlato as leituras dos artigos e livros, matéria de jornal e revistas, atas, etc. as entrevistas serviram para reforçar ou reconduzir os rumos de nossa pesquisa em função dos diferentes depoimentos. Enfim, as entrevistas realizadas, em nosso estudo, atuaram enquanto “sentinelas” de nosso caminho.
Sobre o papel do Estado, propriamente, iniciamos sua análise contextualizando a decisão a favor da fusão à luz da compreensão dos principais episódios que marcaram tanto a economia nacional e internacional, que condicionava a geopolítica externa, quanto à economia carioca e fluminense que afetava a geopolítica interna. Em seguida, tendo por bases as informações de jornais, entrevistas e algumas referências encontradas nas atas e nos debates parlamentares utilizados nos capítulos precedentes, procuramos tecer considerações sobre as motivações que levaram o Governo Federal a promover a fusão e sobre o modo como o mesmo interagiu com os dois atores sociais. Segue em anexo as fontes de consulta utilizadas pelo trabalho .
SUMÁRIO
Apresentação
1 ) Rio de Janeiro: sua história e a história da fusão
1.1 ) Uma visão histórica do Rio de Janeiro
1.2 ) A história da idéia da fusão
2 ) O CIRJ/FIEGA e a fusão
2.1 ) A evasão das indústrias
2.2 ) O início da mobilização
2.3 ) O ápice da mobilização e respectivo declínio
3 ) O MDB da Guanabara e a fusão
3.1 ) Os dois governos estaduais do MDB
3.2 ) O MDB da Guanabara
Considerações finais
Referências bibliográficas
Anexos
ONDE ENCONTRAR O LIVRO
NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Praia de Botafogo nº 480, Botafogo
Tel: ( XX 21 ) 2579-3574
Fax: ( XX 21 ) 2537-9041
Endereço na internet www.aperj.rj.gov.br/publicacoeslivros.htm
LIVRARIA TRAVESSA ( esgotado no estoque mas pode encomendar )
Av. Rio Branco, 46 – Centro
Tel: ( XX 21 ) 2253-8949
LIVRARIA TRAVESSA LTDA ( esgotado no estoque mas pode encomendar )
Av. Visconde de Pirajá, 572 – Ipanema
Tel: ( XX 21 ) 2287-5156
LIVRARIA DA TRAVESSA LTDA ( esgotado no estoque mas pode encomendar )
Av. Visconde de Pirajá, 462 – Ipanema
Tel: ( XX 21 ) 2287-5156
LIVRARIA TRAVESSA DO OUVIDOR ( esgotado no estoque mas pode encomendar )
Travessa do Ouvidor, 11 – Centro
Tel: ( XX 21 ) 2252-7020
[1] Entre as pessoas que nós entrevistamos, destacaríamos a do Sr. Célio Borja, que à época era líder do Governo na Câmara dos Deputados e que teve um destacado papel na fusão, e o Sr. Faria Lima, que veio a ser o primeiro governador do novo Estado do Rio de Janeiro.